terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sonhos.


Por Izabel Miossi.


 "O sonho é a estrada real que nos conduz ao inconsciente" 
                                   Sigmund Freud.
  
Quem nunca teve curiosidade sobre o significado e a origem dos sonhos? É muito comum vermos pessoas tentando encontrar as respostas dessas questões em revistas, crenças antigas e superstições, porém, muitas respostas são falsas e acabam sendo levadas em conta pelo simples fato de as vezes serem o suficiente para acalmar momentaneamente a angustia inexplicável que pode permanecer em nós após o despertar.

Um pouco sobre os sonhos e suas origens na visão freudiana:

Para Freud (1900) os sonhos estão necessariamente ligados as nossas experiências do dia-a-dia, são elas que disponibilizam o "material básico" para o desenvolvimento dos sonhos. Eles são como uma espécie de lembranças ou/e reproduções de nossas experiências diárias, porém, estão longe de ser apenas isso. Toda essa lembrança ou reprodução acontece de forma inconsciente, por isso tendemos a não reconhecer os conteúdos presentes nos sonhos.

O Esquecimento nos Sonhos.

Possuímos um mecanismo psíquico de defesa que foi denominado por Freud de resistência, ele é responsável por manter no inconsciente, os conteúdos que são intoleráveis pelo ego.                                                                           
Quando dormimos a resistência perde parte de sua força, o que possibilita a realização de diversos desejos através dos sonhos. É muito comum, porém, ao acordar conseguirmos lembrar apenas de fragmentos do que sonhamos, ou até mesmo esquecermos totalmente do sonho. Algumas vezes acordamos com a impressão de que sabemos que sonhamos, porém perdemos completamente a lembrança de com o que.                                                                                    
Com o nosso despertar a resistência recupera suas forças e tende, na maioria das vezes a recalcar automaticamente o sonho devido a sua forte ligação com algum desejo.                                                                                                              
Quando sonhamos e ao contrário do que foi dito até aqui, ainda conseguimos recordar, não significa que o sonho deixe de ser a realização de um desejo, na verdade todo sonho é a realização de um e qualquer tipo de desejo é retratado nos sonhos e alguns deles podem ser aceitos pelo ego e assim o trabalho da resistência diminui, não havendo a necessidade do recalque.

A distorção dos conteúdos nos sonhos.

Os desejos podem ser retratados em sonhos de forma distorcida, tendo suas imagens uma forma diferente da original, um exemplo disso é sonhar com uma pessoa conhecida com características de outra, como o cabelo, o nariz, os olhos etc.                                                                                                                              
Esse processo pode ser chamado também de condensação, onde o conteúdo do sonho foge de sua forma exata e se mistura com outras, fazendo com que muitas vezes, os sonhos pareçam sem significado. Esse é um mecanismo inconsciente que pode ajudar a manter o sonho na consciência após o despertar, pois o desejo aqui pode ser disfarçado, quase invalidando o sonho.                                   
Nos sonhos existem dois tipos de linguagens: A Manifesta, que se trata do que esta sendo demonstrado em sonhos. E a Latente, que simboliza o que está por trás, o sentido, do que se reproduz nos sonhos. Ao se tentar interpretar os sonhos é a segunda linguagem que buscamos trazer à tona e para isso, utilizamos para consegui o acesso a ela a tentativa da analise simbólica da primeira junto ao paciente.

Ou seja...

Todo sonho é um material psíquico e representam a realização de desejos tomando o lugar de uma ação desejada, porém não aceita em nossas experiências diárias. O sonho é dito por Freud como um processo inconsciente de pensamento, e no momento do sono, com a diminuição da resistência permite que entremos em contato com nossos desejos mais profundos até mesmo de forma distorcida.                                                                                                    
Recalcar os sonhos é uma maneira inconsciente de evitar um conflito que pode ser gerado entre as Instancias Psíquicas, Id, Ego e Superego. Em processo de terapia os sonhos são um material essencial para se trabalhar e reconhecer, na hora mais apropriada e com a ajuda do terapeuta, os desejos mais guardados que cada um traz em si e até mesmo a raiz de certos conflitos que são inerentes a todos, embora cada um tenha sua forma singular e simbólica de se representar.

“(...) Eu sou a soma de tudo o que vejo e minha casa é um espelho, onde a noite eu me deito e sonho com as coisas mais loucas, sem saber por que. É porque trago tudo de fora, violência, dúvida, dinheiro e fé. Trago a imagem de todas as ruas por onde passo e de alguém que nem sei quem é, e que provavelmente eu não vou mais ver, mas mesmo assim ela sorriu para mim ela sorriu e ficou na minha casa que é meu reino.”                                           
 Meu Reino – Biquíni Cavadão


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