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A
síndrome de Cotard, também chamada de "delírio de negação", "delírio
de negação de órgãos", é uma condição médica na qual a pessoa apresenta a
crença delirante de estar morto ou de que
seus órgãos estejam paralisados ou podres, ou ainda de que amigos,
familiares, o mundo à sua volta não mais existem ou estão em via de não
mais existir, independentemente do diagnóstico do paciente.
Foi descrita pela primeira vez em 1880 pelo psiquiatra francês Jules Cotard em sua obra Du délire hypochondriaque dans une forme grave de la mélancolie auxieuse
(Do delírio hipocondríaco sob uma forma grave de melancolia ansiosa), a
partir do caso de uma mulher de 43 anos que se dizia sem cérebro, "sem
cérebro, nervos, tórax ou entranhas e era só pele e ossos, nem Deus nem
o Diabo existiam - ela era eterna e viveria para sempre". Inicialmente
ela foi então nomeada como Delírio de Negação.
Embora
o sintoma central da síndrome seja o delírio de conteúdo niilista, ela
pode apresentar-se com diferentes graus de gravidade, variando de formas
leves onde pacientes expressam sentimentos de desespero, até chegar a
formas mais graves quando os doentes negam a própria existência e/ou a
existência do próprio mundo.
A
crença, delirante, de já estar morto, ter apodrecido, ou estar
apodrecendo, anuncia um conteúdo depressivo do pensamento, estando desde
a sua descrição clássica mais relacionada aos quadros melancólicos, ou
modernamente, aos quadros de Transtornos de humor unipolar - Depressões
graves com sintomas psicóticos.
Entretanto,
como todos os sintomas em psiquiatria, não há sintoma característico
apenas de uma doença, podendo também o fenômeno de Cotard ser descrito
em Esquizofenias, em psicoses devido ao uso de drogas, etc.
Pode estar a associada a outros delírios como o de Capgras.
Andréia Miglioranza Marin: Gostaria de finalizar dizendo que na síndrome de Cotard, não há simbolização da morte e na realidade, o delíro de negação dos órgãos, leva consigo a idéia de não morrer jamais, portanto a eternidade.
Andréia Miglioranza Marin: Gostaria de finalizar dizendo que na síndrome de Cotard, não há simbolização da morte e na realidade, o delíro de negação dos órgãos, leva consigo a idéia de não morrer jamais, portanto a eternidade.
Retirado do : http://dicionariodesindromes.blogspot.com.br/2006/10/sndrome-de-cotard.html
Bibliografia
- SWAMY, N.C. Kudlur; SANJU, George; MATHEW JAIMON, M.S.. An overview of the neurological correlates of Cotard syndrome. Eur. J. Psychiat., Zaragoza, v. 21, n. 2, 2007.
- NICOLATO, Rodrigo et al . Síndrome de Cotard associada ao uso de ecstasy. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 56, n. 1, 2007.
- Estudo sobre a estranha Síndrome de Capgras.
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