quarta-feira, 17 de abril de 2013

Síndrome do Pânico e Psicanálise.

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Não deixem de ler: Pânico e desamparo na atualidade- um olhar psicanalítico: http://www.scielo.br/pdf/agora/v8n2/a03v8n2


Síndrome do Pânico



O que é a síndrome do pânico? De onde ela vem? Como trata-la? São questões que muitos tem, inclusive aquelas pessoas que suspeitam serem portadoras da síndrome do pânico. Algumas possivelmente poderão ser enquadradas dentro desta síndrome, outras poderão ter um transtorno de ansiedade generalizada e outras quadros de depressão.

Como identificar? Recomendamos iniciar a pesquisa procurando um psiquiatra e posteriormente um psicólogo ou analista para dar início a psicoterapia concomitantemente ao tratamento medicamentoso.

Por síndrome diz-se todo conjunto de sinais e sintomas clínicos e laboratoriais que caracterizam determinada doença. Na síndrome do pânico o DSM-IV (livro de classificação das doenças) diz que para se caracterizar a síndrome do pânico o paciente deve apresentar simultaneamente pelo menos 04 dos seguintes sinais e sintomas: palpitação, sudorese, tremores ou abalos, sensação de falta de ar ou sufocamento, sensação de asfixia, náuseas ou desconforto abdominal, dor ou desconforto torácico (no peito), desrealização (sensações de irrealidade), despersonalização (estar distanciado de si), tontura ou vertigem, medo de perder o controle, medo de enlouquecer, medo de morrer, sensações de parestesia (adormecimento) ou formigamentos em extremidades ou membros, sensações de calor ou calafrios. Em geral eles iniciam sem aviso prévio e de forma súbita.

Devemos também diferenciar pânico de medo, fobia, ansiedade e angustia. Por medo define-se uma apreensão frente a um perigo real, externo e imediato. Por fobia uma apreensão frente a um perigo imediato, mas nem sempre real e externo. A ansiedade é uma sensação de que algo de ruim está para acontecer, sempre movido por um fato que ainda não ocorreu e trazendo um sofrimento individual antes mesmo do fato realmente ocorrer. A ansiedade nem sempre deve ser considerada uma doença, ela faz parte de nosso ser e está presente em muitas situações (véspera de provas, de uma entrevista de emprego, de uma declaração de amor, de uma palestra, etc.), podendo vir a ser considerada uma doença se sempre aparecer por qualquer motivo e trazer desconfortos por longos períodos de tempo. A angústia é um sentimento que ocorre caracterizado por sensações de aperto no peito, uma sensação de vazio interno, sendo originado quase sempre por um motivo impreciso e indefinido, normalmente não real e fazendo parte de nossos conflitos internos, de nossas fantasias e desejos inconscientes.

As causas da síndrome do pânico são individuais, não há como desejar reconhecer uma única causa para diagnosticar este problema. É preciso que o paciente fale para que o terapeuta possa lhe conhecer, bem como a seus problemas, seus conflitos, como e quando a doença ocorre, para que se possa criar possibilidades de terapia através dos insights, da busca pela mudança e da transformação individual, da resolução de seus eventuais conflitos inconscientes internos.

Aqui abordaremos dois tipos de terapia que podem ser usadas para os portadores de síndrome do pânico: a psicanálise e a hipnose.Tanto uma quanto a outra trabalharão com os conteúdos que o paciente verbaliza durante sua sessão. A verbalização livre fará com que comece a haver a concatenação de idéias, sentimentos, afetos, recordações até então livres e não conscientes, levando o paciente a perceber aos poucos a forma como ele percebe os eventos desencadeadores de sua doença e como ele as mantêm (cultiva). Desta percepção ele mesmo começará a elaborar novas possibilidades de evitar e contornar situações que gerem ansiedade e produzam posteriormente seu pânico. O que pode vir a dificultar certos casos serão os diversos mecanismos de defesa psíquicos que alguns pacientes podem criar para fugir de seus conflitos internos e de um possível sofrimento.

A análise ou a hipnoanálise levará o paciente a tornar consciente os motivos inconscientes que o levam a desencadear todo o processo de ansiedade, angústia e por fim pânico. Todavia, como foi dito acima, seja qual for a abordagem utilizada, recomendamos paciência na obtenção de resultados, pois o paciente lutará consigo mesmo, através das referidas defesas psíquicas que procuram evitar a dor e o sofrimento.

A hipnose pode em alguns casos facilitar o acesso ao conteúdo focal da ansiedade e em outros deve ser postergado seu uso até que o ego do paciente tenha apoio suficiente para elaborar o que quer que saia de sua memória inconsciente. Normalmente para se evitar riscos e sofrimento desnecessários, iniciamos comumente pela psicanálise clássica e o uso da hipnose virá caso haja a necessidade e a oportunidade de se acelerar o processo, caso contrário o paciente será orientado a continuar sua terapia de forma clássica até o fim. O maior risco envolvido no uso indevido da hipnose é desencadearmos no paciente uma crise depressiva desnecessária por falta de apoio egóico.

Quando recebemos pacientes com quadros de desesperança que indicam a possibilidade de desenvolverem facilmente uma depressão, a hipnose deve ser usada não para descobrir focos que desencadeiam o pânico, mas para resgatar lembranças boas, alegres e enriquecedoras que venham a fortalecer o ego e a auto-estima desta pessoa, para que se possa dar início posteriormente a busca pela causa original através da abordagem clássica (e não pela hipnose). Batendo sempre na tecla das boas recordações, fazemos aos poucos o paciente perceber que há algo de bom dentro dele e que ele pode se apoiar nesta sua parte para enfrentar a vida e seus problemas, que ele não se encontra totalmente desamparado como pensa estar.
 

2 comentários:

  1. Não esqueçam de procurar urgentemente uma psicoterapia comportamental ou cognitivo comportamental, caso esteja com síndrome do panico, ou seja, algo que funcione.

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  2. Dentro da psicologia temos inúmeras abordagens teóricas.. E se estão aí até hoje é porque todas tem o seu valor e todas tem seus resultados.. E como bons profissionais não devemos desrespeitar ou diminuir as outras abordagens... Falta de ética hein...

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