Comportamento sexual compulsivo
Também já classificado no passado como
Ninfomania, nas mulheres, e Don Juanismo, nos homens, refere-se ao
aumento da sexualidade (desejos e fantasias) com comportamentos sexuais
impróprios, exagerados para além do socialmente habitual, na maioria das
vezes envolvendo uma sucessão de parceiros que são sentidos pelo
indivíduo como coisas a serem usadas para o seu prazer, simplesmente. A
maioria das pessoas com esse comportamento apresenta também critérios
definidores de abuso de substâncias psicoativas (associadas à
desinibição e intensificação do prazer). Não deve, no entanto, ser
confundido com parafilia - fantasia sexual excitante envolvendo objetos
não humanos e que tem classificação própria como distúrbio da conduta
sexual e não como compulsividade. Prejuízos sócio-ocupacionais estão
presentes nesse comportamento, como gastos financeiros, traições, perda
de amigos e problemas no trabalho. Pode haver associação com outras
doenças psiquiátricas cujo diagnóstico deve ser afastado. Estima-se que
5% da população apresenta esse comportamento, com leve preponderância do
sexo masculino (dado questionável em função dos limites sociais e
morais). Nas fases da adolescência e adulto jovem, o impulso
apresenta-se como egosintônico, chegando mesmo a aumentar a autoestima
(característica de TCI). Em fases mais tardias, se permanece o
comportamento, o impulso se apresenta como egodistônico, com o ato
acompanhado de arrependimento pela conduta praticada (característica do
TOC). Os estudos sobre a classificação ideal para esse comportamento
compulsivo ainda não são conclusivos.
Fonte: http://portalcienciaevida.uol.com.br/esps/Edicoes/82/artigo271877-2.asp
Pedofilia é o mesmo que comportamento sexual compulsivo?
Pedofilia não é o mesmo que comportamento
sexual compulsivo. A pedofilia é um distúrbio de conduta sexual onde o
indivíduo adulto sente desejo por crianças ou pré-adolescentes. O
pedófilo(a) pode ter qualquer opção sexual (homo, hetero ou bissexual),
pode ser homem ou mulher, porém é maior o número de homens pedófilos, na
sua maioria casados, heterossexuais e sexualmente insatisfeitos com sua
companheira por conta de algum distúrbio emocional associado e que
acabam procurando afirmação e controle nas relações com crianças. Muitos
ficam somente no campo da fantasia e do desejo pedófilo, não
transgredindo nem se tornando abusador. Quando se rompe a barreira da
imaginação e se vai aos atos, então, além da pedofilia temos associado o
abuso sexual, que pode se efetivar por meio de carícias feitas por ou
em crianças, cópula com crianças ou, ainda, pela manifestação de
comportamento exibicionista, sodomia e incesto. São transtornos
diferentes: não é por ser compulsivo que alguém é pedófilo, nem por ser
pedófilo alguém é, automaticamente, compulsivo.
Fonte: http://portalcienciaevida.uol.com.br/esps/Edicoes/82/artigo271877-3.asp
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