Quando a ansiedade se torna excessiva, a falta de equilíbrio emocional
pode interferir nos níveis hormonais, tornando ainda mais difícil a
concepção", afirmou a psicóloga Luciana
Leis, especializada no atendimento a casais que enfrentam problemas de
fertilidade. "O estresse também pode afetar a relação do casal e a
libido, levando, inclusive, a uma diminuição na frequência das relações
sexuais, com prejuízos óbvios", disse a ginecologista Maria Clara
Amaral. Então, para diminuir o nervosismo, e ainda aumentar suas
chances de engravidar, confira as orientações de três especialistas na
área de reprodução humana
1) ESPERE, SEM DESESPERAR "É considerado normal um casal saudável, de até 35 anos e que mantenha relações desprotegidas frequentemente, demorar até um ano para engravidar. Ele terá, em média, 20% de chance de conseguir uma gestação a cada mês", afirma Maria Clara. Portanto, se está tentando há apenas alguns meses, não há nenhum motivo para se preocupar.
Para as mulheres acima dos 35, o período de espera deve ser um pouco mais curto, já que a fertilidade declina com a idade. "Nesse caso, o ideal é esperar só até seis meses antes de buscar um tratamento", disse Rodrigo Pagani, andrologista e professor do curso de pós-graduação em Infertilidade Humana do Instituto de Ciências da Saúde (ICS).
2) APROVEITE O PERÍODO FÉRTIL
A mulher ovula uma única vez a cada mês, durante o período fértil. Então, o ideal é que o casal que deseja engravidar mantenha relações em dias alternados durante esse período. "Alternar os dias é uma boa estratégia para melhorar a qualidade do sêmen. Como o óvulo sobrevive 24 horas e os espermatozóides, 72 ou mais, ainda que a ovulação ocorra um dia antes da relação sexual ou um dia após, a fecundação será possível. Além disso, as relações sexuais em dias alternados diminuem o estresse e a perda da espontaneidade entre o casal", disse Amaral.
3) CONTROLE A ANSIEDADE
Conversar com um médico pode ajudar. "Na consulta, o casal terá a oportunidade de esclarecer dúvidas e acabar com certos mitos no que diz respeito à infertilidade", disse Amaral. Adotar um hobby também é uma boa pedida. "A grande armadilha é mudar a vida e a rotina e passar a viver só em função da gravidez, centralizando todas as atenções nesse sonho. Buscar alguma atividade que lhe dê prazer, e que não esteja relacionada ao bebê, é uma medida para baixar o nervosismo", afirma a psicóloga Luciana.
Ela sugere, ainda, a troca de experiências com outros casais, com o marido, e até mesmo com um profissional da área de psicologia, como medidas eficientes para aliviar a tensão tão comum no período. "É importante não guardar só para si os sentimentos. Falar sobre eles e compartilhar vivências vai fazer muito bem", disse. Outra dica dos especialistas é apostar em atividades relaxantes, como a ioga e a meditação.
5) FIQUE DE OLHO NA BALANÇA
Tanto o peso excessivo quanto a deficiência de gordura no organismo podem ter impacto sobre a fertilidade. "Mulheres obesas, assim como as anoréxicas ou as que praticam esportes e têm pouca massa gorda, podem demorar mais para conceber. Isso porque é comum apresentarem ciclos menstruais irregulares e desordens ovulatórias", afirma Maria Clara. O homem que está acima do peso também pode sofrer com a diminuição na quantidade e na qualidade dos seus espermatozoides.
6) CONSULTE SEU MÉDICO REGULARMENTE
Problemas de rotina, e que não costumam chamar tanto a atenção de homens e mulheres, podem estar atrapalhando a concepção e devem ser investigados o quanto antes. Um simples corrimento, por exemplo, pode levar até a obstrução das trompas. "Se ele for originado por doenças sexualmente transmissíveis, como as causadas pela clamídia e/ou pelo gonoco, há grandes riscos. Esses microorganismos podem ascender pelo trato genital, acometendo as trompas de falópio. E só um ginecologista terá condições de diagnosticar qual é o tipo de corrimento que está afetando a mulher, indicando seu impacto na fertilidade", disse a ginecologista. No caso dos homens, infecções urológicas também podem influenciar a produção de espermatozoides. Daí a importância de agendar consultas de rotina, mesmo sem apresentar nenhum sintoma desagradável.
Fonte: Portal TERRA
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