quarta-feira, 15 de maio de 2013

VÍCIO: A DOENÇA DA NOSSA ERA

Foto: VÍCIO: A DOENÇA DA NOSSA ERA
A lista de compulsões não para de crescer em nossa sociedade. Os vícios mais comuns são de comida, jogos, compras, sexo, exercícios físicos, trabalho e pequenos furtos. 

COMPUTADOR: Passar horas no computador libera dopamina (um neurotransmissor) e ativa os mesmos circuitos cerebrais que as drogas. Certos casos acabam em dependência, segundo esta explicação: a dopamina faz com que se associe o estímulo externo (usar drogas, apostar em jogos, atacar a geladeira) a um bem-estar extremo.

JOGO: Estudos confrontam a dependência química com a causada por apostas em cavalo, carteado, jogos virtuais, máquinas de bingo e caça-níqueis. Segundo o psiquiatra Hermano Tavares, coordenador do Ambulatório do Jogo do Instituto de Psiquiatria da USP, o sinal de que a atividade deixou de ser lazer para se tornar problema é jogar para recuperar o dinheiro gasto nas apostas anteriores ou para afogar as mágoas e aliviar as angústias.

COMPRAS: Motivos semelhantes levam as pessoas a tentar resolver a solidão e o abandono por meio decompras compulsivas: 80% dos dependentes pertencem ao sexo feminino.  Durante a compra, experimentam uma sensação de excitação semelhante à vivida pelos usuários de drogas. 

EXERCÍCIOS: No caso da compulsão por exercício físico, a vigorexia, os rapazes são os protagonistas. Eles exageram nos treinos para ficar sarados, ignorando as advertências de treinadores.

TRABALHO: O sexo masculino também abusa mais do corpo e da mente no quesito trabalho. Para os workaholics, o trabalho assume tamanha importância que eles não conseguem estabelecer relacionamentos de qualidade, ir ao cinema, passear, viajar.

COMIDA: O descontrole e a culpa são características dos comportamentos compulsivos. Loucos por comida, por exemplo, apresentam pelo menos dois episódios de assalto à geladeira por semana. Nada escapa, nem pratos congelados. Depois, sentem-se culpados e podem adotar medidas drásticas para evitar ganho de peso, como provocar o vômito ou recorrer a laxantes e diuréticos, o que configura a bulimia nervosa.

CLEPTOMANIA: O arrependimento é maior quando a compulsão se dá por ações mais condenadas socialmente, como a cleptomania (impulso para furtar objetos, geralmente de baixo valor) e a dependência de sexo (superexposição e seleção inadequada de parceiros). Esta última passa a ser a única forma de estabelecer contato humano.

Para dar a volta por cima, é necessário reconhecer o custo da dependência (conflitos no trabalho, na família, rombos no orçamento). O objetivo pode ser alcançado por meio de psicoterapia. Medicamentos são prescritos em casos severos de impulsividade; para alguns dependentes de álcool; e quando há depressão e transtornos psiquiátricos associados. A psiquiatra Maria Thereza de Aquino recomenda procurar auxílio especializado: Ninguém se livra sozinho. É fundamental o apoio da terapia para administrar o vazio interior e reconstituir a vida. 


A lista de compulsões não para de crescer em nossa sociedade. Os vícios mais comuns são de comida, jogos, compras, sexo, exercícios físicos, trabalho e pequenos furtos.

COMPUTADOR: Passar horas no computador libera dopamina (um neurotransmissor) e ativa os mesmos circuitos cerebrais que as drogas. Certos casos acabam em dependência, segundo esta explicação: a dopamina faz com que se associe o estímulo externo (usar drogas, apostar em jogos, atacar a geladeira) a um bem-estar extremo.

JOGO: Estudos confrontam a dependência química com a causada por apostas em cavalo, carteado, jogos virtuais, máquinas de bingo e caça-níqueis. Segundo o psiquiatra Hermano Tavares, coordenador do Ambulatório do Jogo do Instituto de Psiquiatria da USP, o sinal de que a atividade deixou de ser lazer para se tornar problema é jogar para recuperar o dinheiro gasto nas apostas anteriores ou para afogar as mágoas e aliviar as angústias.

COMPRAS: Motivos semelhantes levam as pessoas a tentar resolver a solidão e o abandono por meio decompras compulsivas: 80% dos dependentes pertencem ao sexo feminino. Durante a compra, experimentam uma sensação de excitação semelhante à vivida pelos usuários de drogas.

EXERCÍCIOS: No caso da compulsão por exercício físico, a vigorexia, os rapazes são os protagonistas. Eles exageram nos treinos para ficar sarados, ignorando as advertências de treinadores.

TRABALHO: O sexo masculino também abusa mais do corpo e da mente no quesito trabalho. Para os workaholics, o trabalho assume tamanha importância que eles não conseguem estabelecer relacionamentos de qualidade, ir ao cinema, passear, viajar.

COMIDA: O descontrole e a culpa são características dos comportamentos compulsivos. Loucos por comida, por exemplo, apresentam pelo menos dois episódios de assalto à geladeira por semana. Nada escapa, nem pratos congelados. Depois, sentem-se culpados e podem adotar medidas drásticas para evitar ganho de peso, como provocar o vômito ou recorrer a laxantes e diuréticos, o que configura a bulimia nervosa.

CLEPTOMANIA: O arrependimento é maior quando a compulsão se dá por ações mais condenadas socialmente, como a cleptomania (impulso para furtar objetos, geralmente de baixo valor) e a dependência de sexo (superexposição e seleção inadequada de parceiros). Esta última passa a ser a única forma de estabelecer contato humano.

Para dar a volta por cima, é necessário reconhecer o custo da dependência (conflitos no trabalho, na família, rombos no orçamento). O objetivo pode ser alcançado por meio de psicoterapia. Medicamentos são prescritos em casos severos de impulsividade; para alguns dependentes de álcool; e quando há depressão e transtornos psiquiátricos associados. A psiquiatra Maria Thereza de Aquino recomenda procurar auxílio especializado: Ninguém se livra sozinho. É fundamental o apoio da terapia para administrar o vazio interior e reconstituir a vida.


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